O Supremo Tribunal Federal (STF) passou a contar, a partir desta terça-feira (30), com um novo nome à frente da Assessoria de Articulação Parlamentar (ARP), setor estratégico responsável por conduzir o relacionamento institucional com o Congresso Nacional. O cargo será ocupado por Alexandre Andreatta, paranaense de Pato Branco, que construiu sólida trajetória ligada à integração regional, ao fortalecimento democrático e ao diálogo entre países do Mercosul.
Com experiência de oito anos no Parlamento do Mercosul (Parlasul), em Montevidéu, onde atuou como diretor do Observatório da Democracia e secretário da Presidência, Andreatta chega ao STF como um dos mais jovens a ocupar uma posição de tamanha relevância. Seu histórico de atuação internacional o credencia para conduzir um trabalho que exige equilíbrio, capacidade de articulação e profundo conhecimento político.
Conexão com a fronteira e o PARLIM
A trajetória de Andreatta também dialoga com as agendas desenvolvidas em cidades de fronteira. Em Ponta Porã, suas articulações foram acompanhadas de perto pelo Parlamento Internacional Municipal (PARLIM), instância que promove debates e ações conjuntas entre municípios do Brasil e do Paraguai.
O presidente da Câmara Municipal de Ponta Porã, vereador Agnaldo Pereira Lima, destacou essa relação: “Alexandre Andreatta é um parceiro das articulações internacionais do PARLIM. É uma liderança preparada, que agora assume uma posição estratégica no Supremo, contribuindo para o fortalecimento do diálogo entre Judiciário e Parlamento. Para nós da fronteira, é motivo de orgulho ver alguém com essa visão internacional alcançar um posto tão importante.”
Papel estratégico no STF
A Assessoria de Articulação Parlamentar é responsável por acompanhar a agenda legislativa e auxiliar diretamente o presidente do Supremo nas relações com deputados e senadores. O cargo exige não apenas conhecimento jurídico e institucional, mas também capacidade política para manter o equilíbrio entre os Poderes.
A nomeação de Andreatta, feita pelo presidente do STF, ministro Edson Fachin, sinaliza uma gestão pautada pelo diálogo e pelo respeito à independência das instituições. Fachin, em sua posse, enfatizou que “ao Direito cabe o que é do Direito e à política o que é da política”, reafirmando a importância da atuação republicana.
Um perfil alinhado ao futuro
Com formação acadêmica em Relações Internacionais e Direito, além de vivência em processos de integração latino-americana, Alexandre Andreatta se apresenta como uma liderança de nova geração, capaz de aproximar o Supremo da política nacional sem abrir mão da autonomia do Judiciário.
Sua chegada ao STF é considerada um marco para quem defende uma democracia baseada no diálogo. Para Ponta Porã, onde a integração é vivida diariamente na fronteira, trata-se de um reconhecimento da importância de líderes preparados e parceiros da cooperação regional assumirem funções de destaque no cenário nacional.